Mártires hebreus da noite dos cristais
Já em 1935, por ocasião da publicação da
“Lei para a tutela do sangue e da honra
alemã”, Hitler havia sublinhado que, se a “questão hebraica” não fosse
resolvida politicamente, seria necessário impor uma “solução final”.
No dia 7 de novembro de 1938 um judeu
polonês de 17 anos, psiquicamente doente e indignado pela recente expulsão de
18000 judeus poloneses da Alemanha, assassinou um diplomata alemão em Paris. Para
os nazistas, este fato confirmava a suspeita de que existiria um complô
internacional articulado pelos judeus contra os alemães.
Decididos a levar a cabo seu projeto de
extermínio dos hebreus, na noite de 9 de novembro de 1938 os nazistas
organizaram por toda a Alemnha um programa que teve consequências devastantes:
191 sinagogas foram incendiadas; 7500 lojas pertencentes a judeus foram
destruídas; 91 judeus foram assassinados e 26000 foram deportados para os
campos de concentração.
Por causa do impressionante espetáculo
de milhares de vitrinas quebradas ao longo das ruas, este assalto nazista
passou a ser reconhecido como “a noite dos cristais”.
A comunidade internacional, mesmo
tomando conhecimento dos fatos, não esboçou sequer um mínimo protesto contra os
organizadores do massacre.
(Comunità
di Bose, Il libro dei testimoni, Paulus, Milano, 2002, p. 523)
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