terça-feira, 27 de novembro de 2012

Fatos & Personagens: Siddharta Gautama Buddha


Siddharta Gautama Buddha: um ‘pagão’ sábio e justo

Siddharta Gautama nasceu em torno do ano 560 aC, filho do raja de Sakya, região que se estende do Himalaya ao rio Ganges. Sendo descendente de uma família nobre e rica, era destinado a exercer o poder e a acumular riquezas.

Mas a experiência direta e violenta que Siddharta fez das três realidades que desafiam e põem radicalmente em crise a felicidade humana – a velhice, a doença e a morte – marcou o início de um caminho de renúncia que caracterizou toda a sua vida.

Ao lado desta tríplice experiência, foi decisivo para este jovem príncipe o encontro com a ascese dos monges, caminho que inicialmente seguiu com extremo empenho e abnegação. Entretanto, a partir do reconhecimento do orgulho que frequentemente se abriga atrás de uma ascese radical, Siddharta entrou numa nova e definitiva crise, que o levou a entrar em si mesmo e descobrir que no seu íntimo habitava o buddha, ou seja, o Iluminado.

Depois de um período de profunda solidão, tendo abandonado toda forma de ascese, Siddharta despertou para uma nova vida e começou a pregar a todos aqueles que encontrava o seu caminho de pacificação interior e de harmonia com todas as criaturas. Fez isso até à morte, que lhe chegou, segundo a tradição, aos 80 anos.

A vida de Buddha marcou de tal modo os cristãos que, em torno do século VIII, a história da mudança que ocorreu na sua vida depois do encontro com o monge tibetano deu origem à famosa narrativa Vida de Barlaam e Joasaf, difundida em latim por toda a cristandade. Neste livro, a vida do príncipe indiano Joasaf, convertido ao cristianismo graças ao encontro com o monge cristão Barlaam, se torna apóstolo de uma vida de alegria interior e de paz com toda a criação.

Barlaam e Joasaf são lembrados pelas igrejas ortodoxas no dia 26 de agosto, e na data de hoje (27 de novembro), são recordados pelo martirológico romano.

(Comunità di Bose, Il libro dei testimoni, San Paolo, Milano, 2002, p. 550-551)

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