quarta-feira, 10 de abril de 2013

A Palavra de Deus na nossa vida (10)


2 Coríntios 4,7-18. Um Evangelho em vasos de barro
Paulo, que não havia hesitado a exaltar o ministério apostólico com tudo o que ele significa, tem consciência da sua e da nossa fragilidade. Por isso, afirma: “Trazemos esse tesouro em vasos de barro”. Assim, aparece muito claramente que a força extraordinária do Evangelho não vem de nós, mas de Deus. O apóstolo relê a própria vida sob este prisma e compreende que, apesar das tribulações, ameaças, perigos e dificuldades, jamais foi abandonado por Deus. Antes, foi exatamente na fraqueza da sua existência que se manifestou a própria vida de Jesus. Na perseguição e no abandono, Paulo se vê semelhante a Jesus, que conhece o que significa sofrer. É a fé que faz o discípulo forte, mesmo diante das oposições e adversidades. Por isso, Paulo não recua diante das dificuldades e perigos, mas continua proclamando o Evangelho: “Acreditei, por isso falei...” Nós, discípulos e discípulas do Senhor, revestidos da força da fé, somos chamados a comunicar o Senhor a todos, através da nossa vida: na nossa vida deve resplandecer a vida de Jesus. O apóstolo nos exorta a não perder o ânimo, a não perder a coragem diante da fraqueza e do mal que golpeiam nossa vida e a vida do mundo. Se, por um lado, experimentamos o enfraquecimento do corpo, por outro, devemos fazer o possível para que o ‘homem interior’, o ser espiritual, se renove dia após dia. Os sofrimentos de hoje, especialmente aqueles que ocorrem por causa do anúncio do Evangelho, não têm comparação com a glória que deverá se manifestar futuramente em nós (cf. Rm 8,18).
Reflexão preparada pela Comunidade Santo Egídio de Roma e traduzida ao português a pedido da mesma por Itacir Brassiani msf)

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