domingo, 7 de abril de 2013

A Palavra de Deus na nossa vida (7)


2 Coríntios 2,1-17. O perfume do Evangelho
Paulo havia decidido não ir a Corinto para não afligir a comunidade. A tristeza da comunidade haveria entristecido também a ele. Por outro lado, Paulo não queria dominar as comunidades, queria ajudá-las a crescer amavelmente. Por isso, havia enviado uma carta (que foi perdida), escrita “entre muitas lágrimas”, na qual manifestava sua preocupação e seu desprazer, mas para que percebessem a grande estima que tinha pelos cristãos de Corinto. Não que seu desgosto, causado por aqueles que o tinham ofendido pessoalmente, tivesse desaparecido (cf. 7,12). Na verdade, é toda a comunidade que foi ofendida por tais pessoas. E era justo puni-las. Mas a punição, diz Paulo, não deve ser imposta com dureza: o necessário exercício da correção não deve colocar em perigo a salvação dos culpados. Por isso, é necessário usar a caridade do perdão com quem semeou discórdia. Apesar das dificuldades surgidas, Paulo não deixa de dar graças a Deus por tê-lo feito partícipe do Evangelho da ressurreição, aquele Evangelho que comunicou a todos incansavelmente, sobretudo aos pagãos, e que se tornou “perfume de Cristo” para o mundo inteiro. Paulo tem consciência de que o anúncio do Evangelho é o fundamento da vida cristã, e que, para aqueles que o escutam, o Evangelho se torna uma ocasião decisiva para escolher entre a vida e a morte. Quem acolhe o Evangelho se torna o perfume de Cristo. Daqui nasce a responsabilidade de não privar ninguém da Palavra de vida que vem de Deus. Fortalecidos pelo Evangelho, comuniquemo-lo com franqueza e generosidade, a fim de que chege ao mundo inteiro o perfume de Cristo.
Reflexão preparada pela Comunidade Santo Egídio de Roma e traduzida ao português a pedido da mesma por Itacir Brassiani msf)

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