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Coríntios 2,1-17. O perfume do Evangelho
Paulo havia decidido não ir a Corinto para não afligir a comunidade. A
tristeza da comunidade haveria entristecido também a ele. Por outro lado, Paulo
não queria dominar as comunidades, queria ajudá-las a crescer amavelmente. Por
isso, havia enviado uma carta (que foi perdida), escrita “entre muitas
lágrimas”, na qual manifestava sua preocupação e seu desprazer, mas para que
percebessem a grande estima que tinha pelos cristãos de Corinto. Não que seu
desgosto, causado por aqueles que o tinham ofendido pessoalmente, tivesse
desaparecido (cf. 7,12). Na verdade, é toda a comunidade que foi ofendida por
tais pessoas. E era justo puni-las. Mas a punição, diz Paulo, não deve ser
imposta com dureza: o necessário exercício da correção não deve colocar em
perigo a salvação dos culpados. Por isso, é necessário usar a caridade do
perdão com quem semeou discórdia. Apesar das dificuldades surgidas, Paulo não
deixa de dar graças a Deus por tê-lo feito partícipe do Evangelho da
ressurreição, aquele Evangelho que comunicou a todos incansavelmente, sobretudo
aos pagãos, e que se tornou “perfume de Cristo” para o mundo inteiro. Paulo tem
consciência de que o anúncio do Evangelho é o fundamento da vida cristã, e que,
para aqueles que o escutam, o Evangelho se torna uma ocasião decisiva para
escolher entre a vida e a morte. Quem acolhe o Evangelho se torna o perfume de
Cristo. Daqui nasce a responsabilidade de não privar ninguém da Palavra de vida
que vem de Deus. Fortalecidos pelo Evangelho, comuniquemo-lo com franqueza e
generosidade, a fim de que chege ao mundo inteiro o perfume de Cristo.
Reflexão
preparada pela Comunidade Santo Egídio de Roma e traduzida ao português a
pedido da mesma por Itacir Brassiani msf)
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