domingo, 31 de março de 2013

A Palavra de Deus na nossa vida



Mateus 28,8-15: Manifestação de Jesus às mulheres
Como se não quisesse nos afastar da Páscoa, a Igreja nos convida a permanecer dentro do dia da ressurreição. E nos apresenta Jesus indo ao encontro das mulheres, enquanto elas corriam em direção à casa onde estavam os discípulos. Jesus diz a elas: “Não tenham medo; ide anunciar aos meus irmãos que vão para a Galiléia. Lá me verão.” O mestre quer que o Evangelho da ressurreição seja anunciado e que os “seus irmãos” o encontrem. É um convite que vale para todos os discípulos. De fato, cada geração deve descobrir sua própria Galiléia para nela encontrar o Ressuscitado. Não faltam aqueles que desejam impedir o anúncio da Páscoa. O evangelista nos diz que os chefes religiosos, assustados com aquilo que os guardas contaram, os compraram com dinheiro e os convenceram a mentir: o corpo de Jesus teria sido roubado pelos discípulos enquanto os guardas dormiam... São dois testemunhos opostos: duas pobres mulheres contra a guarda, muito mais credível. É curioso escutar este Evangelho. O mundo prefere as sepulturas fechadas, e lança mão da mentira e da corrupção para que não se espalhe a notícia de que Jesus ressuscitou. O príncipe do mal está disposto a fazer de tudo para que não se divulguue a notícia libertadora da vitória da vida sobre a morte, do amor aos outros sobre o amor a si mesmo. Doravante, quem anunciar essa notícia poderá ser levado aos tribunais e ser condenado. Nosso mundo cultiva uma cultura de morte, que inicia já nos primeiros anos de vida, com uma educação que leva ao egoísmo e a pensar apenas em si mesmo, e que depois se torna desprezo pela vida dos outros e pela vida daqueles que sofrem. A cultura de morte entorpece, embrutece e apaga os vivos, que se tornam escravos, e justifica o comércio da morte: o alimento é escondido aos famintos, a droga é oferecida aos conformados, as armas são vendidas aos violentos. E se morre, se morre em tantos lugares e modos diversos, pensando que isso acontece por outros motivos. Mas o enquadramento é sempre o mesmo: uma cultura de morte, que deseja que os homens e mulheres sejam, desde a juventude ,estúpidos e egoístas, para fazê-los escravos. A intimidação e a corrupção queriam calar o Evangelho da vida, não conseguiram silenciar Jesus Cristo e o mataram. Querem calar também os seus discípulos e discípulas. Não tenham medo! Bastam duas frágeis mulheres, radicalmente obedientes ao Evangelho, para enfrentar a mentira dos chefes.
Reflexão da Comunidade Santo Egídio
(Traduzido ao português a pedido da mesma por Itacir Brassiani msf)

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