Na noite de 23 para 24 de abril
de 1915, sob o pretexto de que estavam organizando uma revolta de todos os
armênios residentes na Turquia, foram presos em massa em Constantinopla
políticos, eclesiásticos, jornalistas, advogados e literatos armênios. Foi o
começo daquilo que será conhecido como o segundo maior genocídio da história, só
superado pelo genocídio dos hebreus pelo nazismo.
Entre 1915 e 1918, deportações
maciças e tratamentos desumanos levaram ao desaparecimento nos desertos da
Síria de 1.500.000 armênios nas areias da Síria. Aqueles que conseguiram fugir
se refugiaram nos campos de refugiados do oriente médio ou do outro lado das
montanhas do Cáucaso.
Mesmo sendo verdade que não é
fácil compreender a complicada mistura de fé, identidade nacional e ação
política visando a independência política que levou ao genocídio deste povo, os
armênios recordam seus irmãos mortos durante a primeira guerra mundial como
mártires, perseguidos por ódio à sua fé e à sua diversidade.
De qualquer modo, é
historicamente certo que foram pouquíssimos aqueles que, para se salvar da fúria
destruidora dos turcos, se converteram ao islamismo, renegando a fé dos seus
pais.
(Comunità de Bose, Il libro dei testimoni, San Paolo, Milano,
2002, p. 207)
Nenhum comentário:
Postar um comentário