terça-feira, 20 de agosto de 2013

Pedindo a graça de apaixonar-se pela gratuidade de Deus

Santa Maria, mulher acolhedora, ajuda-nos a acolher a Palavra no íntimo da nossa vida, a compreender, como só tu soubestes fazer, as irrupções de Deus na nossa vida. Ele não bate à nossa porta para nos intimar ao tribunal mas para encher de luz nossa solidão; não entra na nossa casa para nos algemar, mas para nos restituir o gosto pela verdadeira liberdade.
Sabemos muito bem que é o medo da novidade que acanha a nossa hospitalidade para com o Senhor. As mudanças nos incomodam. E como Ele sempre atrapalha nossos pensamentos, coloca em discussão os nossos programas e em crise as nossas certezas, quando pressentimos seus passos evitamos de encontrá-lo e nos escondemos, como Adão.
Ajuda-nos, Santa Maria, a compreender que Deus não acaba com a festa, mesmo quando arruína nossos projetos; que Ele não tira a nossa paz, mesmo quando atrapalha nossos sonhos. E uma vez que o acolhemos no coração, também nosso corpo brilhará na sua luz.
Santa Maria, mulher acolhedora, torna-nos capazes de hospitalidade com nossos irmãos e irmãs. Faz com que desapareça a desconfiança, essa doença que leva a erguer muros ao nosso redor. Ajuda-nos a sair das trincheiras do egoísmo corporativo. Abre nossos fechamentos a quem é diferente. Abate os muros que erguemos, primeiro nas fronteiras culturais e religiosas, e depois nas fronteiras geográficas.
Santa Maria, mulher acolhedora e cheia de graça, ajuda-nos a experimentar a gratuidade, a compaixão e a misericórdia que teu filho não cansou de demonstrar à humanidade sofredora. O Pai se alegra mais com a ovelha reencontrada e com o filho que retorna que com as noventa e nove ovelhas que permanecem no curral e com o filho que nunca saiu de casa. Ele faz mais festa por um só pecador resgatado que por uma centena de pessoas que se julgam fiéis e justas.
Santa Maria, cheia de graça e de beleza, acompanha-nos na bela e exigente escola do teu filho e nosso mestre, a fim de que nos deixemos envolver, fascinar e apaixonar pela imcomparável gratuidade do Pai, e a manifestemos no nosso modo de ser e em todo o nosso apostolado.
(Tradução e adaptação de uma invocação de Dom Tonino Bello)

Nenhum comentário: