segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Dois meses sem o Ceolin

Já se passaram dois meses desde que nos despedimos do Ceolin. A percepção da ausência dele é mais que viva e presente. Sua vida é um tesouro que ele distribuiu em diferentes quotas e momentos aos seus coirmãos e amigos, e todos/as, cada qual a seu modo, é responsável para que este tesouro seja conhecido e frutifique. Aqui está uma pequena contribuição, que partilho como homenagem e gratidão a este saudoso amigo.

A incrível força humanizadora da fraqueza

Apesar do nosso desejo de conjugar o verbo poder em todos as pessoas, tempos e modos – e da tentação de materializá-lo como se fosse substantivo substantivo! – a fragilidade é uma das dimensões essenciais da vida, também da vida humana. Disso temos experiências e demonstrações desde sempre e quase que cotidianas, mas a ideologia da prosperidade, do sucesso e do domínio embotam nossa inteligência e impedem que esta realidade aflore à consciência e receba o nome que lhe corresponde.
A fragilidade  não é, porém, apenas um dado passivo ao qual temos que nos resignar e contra o qual nada podemos fazer, como se fosse uma espécie de defeito de origem ou código de falibilidade da vida, mas um princípio ativo que dinamiza e sustenta nosso processo de humanização. É uma espécie de carência que nos abre aos demais, que inibe os processos de entropia, enfim: que abre portas e janelas e estabelece conexões que tornam possível nossa vida como indivíduos e como espécie.
Pe. Clemente (Provincial), Dom Alberto Etges e Pe. Ceolin (1966)
Uma experiência que vem de longe
Tanto a experiência do povo de Israel como das comunidades cristãs, cada qual a seu modo, confirmam este dadoantropológico. Celebrando a bênção materializada no filho que se formou no seu ventre antes estéril, Ana grita em tom jubiloso e provocador, que “ninguém triunfa pela própria força” (1Sm 2,9). Ou seja: afirma de forma indicativa e reivindicatória que o verdadeiro triunfo é possibilitado pela benevolência de Deus, que age naqueles/as que aparentemente não podem contar com as forças tradicionais e institucionais.
O povo de Israel, cuja experiência está na base da palavra do salmista, afirma, também em tom de desafio: “O rei não se salva por um forte exército, nem o herói por seu grande vigor. O cavalo não ajuda a vencer, com toda a sua força não poderá salvar” (Sl 33,16-17). E sentencia, provocando, que Deus não aprecia o vigor do cavalo, nem a agilidade do homem, pois “agradam ao Senhor os que o temem, os que esperam na sua bondade” (Sl 147,10-11). Ou seja: é a experiência dos limites próprios e institucionais que abrem à pessoa o acesso a um patamar de vida mais plena e emancipada.
Na vida de Jesus de Nazaré, a fraqueza e a impotência se tornam realidade palpável e duradoura e boa notícia libertadora. Assumindo definitivamente a vulnerabilidade da carne humana, Jesus dá ao ser humano a possibilidade de renascer. Descendo ao inferno e fazendo sua a condição humana humilhada, ele a eleva. Abrindo mão de uma pretensa condição privilegiada e superior, se faz solidariamente igual a nós, é alistado entre os escravos, entre aqueles que não são e não valem nada, e, nessa condição, revela a maioridade e a dignidade humanas. Não podendo descer da cruz e salvar a si mesmo, torna-se fator de salvação universal.
A experiência e a visão de Paulo
Partindo desse núcleo teológico, Paulo elabora provocadoras e exigentes linhas orientadoras para a vida cristã. Polemizando com o apreço que os coríntios nutriam pelas coisas portentosas e pelo saber erudito, Paulo pede que eles recordem a própria realidade e descubram nela o querer de Deus: “Reparai em vós mesmos, os chamados: não há entre vós muitos sábios de sabedoria humana, nem muitos poderosos, nem muitos de família nobre. Mas o que é para o mundo loucura, Deus escolheu para envergonhar os sábios, e o que para o mundo é fraqueza, Deus o escolheu para envergonhar os fortes. Deus escolheu no mundo o que não tem nome nem prestígio, aquilo que é nada, para assim mostrar a nulidade dos que são alguma coisa” (1Cor 1,26-28). Na lógica de Deus, a fragilidade não tem apenas força regeneradora, mas também força para anular aquilo que parece onipotente!
Noutro momento, depois de enumerar os apertos e sofrimentos pelos quais passara, em aberta polêmica com os pregadores que ostentavam os próprios privilégios e méritos, Paulo dirá: “Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que eu me gloriarei” (2Cor 11,30). E, referindo-se à sua fraqueza como um misterioso espinho na carne, proclama confiante que “é na fraqueza que a força se realiza plenamente”. E afirma: “Por isso, de bom grado me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim; e me conprazo nas fraquezas, nos insultos, nas dificuldades, nas perseguições e nas angústias por causa de Cristo. Pois, quando estou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,9-10).
Pe. Jovino (de pé) e Pe. Ceolin (sentado, à direita)
Um testemunho histórico concreto
Esse paradoxo da força humanizadora da fragilidade se mostrou claramente na vida e na história do nosso querido e saudoso Pe. Rodolpho Ceolin. Talvez ele não esteja entre os religiosos mais frágeis que conhecemos, mas certamente está entre aqueles que fizeram questão de não esconder as próprias vulnerabilidades e fraquezas. E não o fez por escrúpulo doentio, mas por prezar a autenticidade, para não parar na estrada do crescimento e para contribuir no crescimento e na humanização dos outros.
Como jovem religioso, depois de uma breve e significativa experiência pastoral no Rio de Janeiro, o Pe. Ceolin foi nomeado formador dos seminaristas na Escola Apostólica Sagrada Família, em Santo Ângelo. Em seguida, já nos inícios da generalizada crise pós-conciliar, passou a ser o responsável pela formação dos junioristas, em Passo Fundo. No bojo da crise que se alastrava rapidamente, em meio a coirmãos que se dividiam entre si e começavam a abandonar a vida religiosa e o minsitério, não sem dor e angústia, aflorava no Pe. Ceolin uma aguda consciência dos próprios limites.
Em julho de 1966, demonstrando madura capacidade de auto-crítica, ele escrevia: “Na reitoria do Escolasticado, deixo a disciplina correr frouxa. Houve confrades que caridosamente disseram que, por este motivo, eu não sirvo para Reitor. Não me sinto com autoridade moral suficiente para insistir junto aos demais confrades por um cumprimento mais zeloso da Vida Religiosa, porque eu mesmo sou pior que os demais.” Pergunto-me se isso é apenas sinal indicativo de crise e de confusão emocional de uma pessoa demasiadamente escrupulosa e perfecionista, ou sintoma do desconforto de alguém que já não aceita mais as regras de uma formação ultrapassada e sente necessidade de confiar na liberdade e na consciência dos formandos? Em todos os casos, é uma clara experiência de limite, de fraqueza.
Naquele tempo, com pouco mais de trinta e seis anos de idade, o Pe. Ceolin foi o primeiro dos três nomes indicados pela assembléia capitular para assumir a missão de Superior Provincial. Tendo presentes a própria experiência como formador e a realidade mais geral, que ele caracterizava como “tempos difíceis, de muitas transformações, em que divergem as mentalidades e a confusão toma conta de muitos”, o Pe. Ceolin escreveu ao Superior Geral, manifestando o desconcerto e a angústia que a indicação do seu nome deflagrou nele: “Os Padres Capitulares estiveram mui equivocados a meu respeito, ainda bem que nem todos. Votaram num mau religioso, por demais imperfeito.”
Reconhecendo que os tempos difíceis e a necessidade de renovar a Congregação exigiam que a direção provincial fosse assumida por “homens de Deus”, o jovem Pe. Ceolin confessava: “Isso (homem de Deus) eu não o sou. Isto eu afirmo com tristeza e raiva de mim mesmo e de outros. Minha consciência acusa-me de ser mau religioso, um escândalo para os demais confrades. Em vista disso, vivo uma vida triste, sentindo-me um sacerdote infeliz, quase fracassado. (...) Minha consciência me diz que para ocupar um cargo de tamanha responsabilidade eu deveria ser bem mais perfeito.” Por isso, o Pe. Ceolin se sentia, usando suas próprias palavras, “perturbado e confuso, quase sem saber o que dizer a respeito e que atitude tomar”.
Este são apenas alguns registros, aos quais poderíamos agregar tantos outros acontecimentos
Pe. Ceolin na missa de exéquias do Pe. Sausen (10.06.2013)
e processos históricos que ele viveu, assim como depoimentos sobre sua própria condição de fragilidade: o sentimento de desamparo e de falta de saídas diante dos muitos coirmãos que deixavam a vida consagrada, entre os quais o primeiro foi seu próprio assistente provincial, Pe. Humberto Lucca; a desolação diante da crise de vocações, que fez o número de internos no Seminário de Santo Ângelo cair, em seis anos, de 215 para 15; a primeira crise vocacional pessoal, no final dos anos ’70; a segunda crise (existencial, vocacional e espiritual), no início dos anos ’90; as várias tentativas infrutíferas de superar a dependência do cigarro; etc.
Extrair forças da própria fraqueza
Penso que os condicionamentos históricos e sociais não fazem mais que ajudar a aflorar algo que é fundamental e essencial, uma espécie de constante antropológica: a experiência de não se pertencer, de não poder, de carência e vulnerabilidade. O Ceolin gostava de mencionar aquilo que sua mãe havia dito ao dá-lo à luz: “Você não me pertence, é mais filho de Deus que filho meu...” E falava genericamente da “solidão do coração” como uma das marcas da sua personalidade que emergiram durante o período de formação. Estes não seriam indícios desta realidade, mais intuição que experiência, que descrevemos como vulnerabilidade, incompletude ontológica, abertura e busca?
É claro que a consciência aguda da própria fragilidade não leva automaticamente ao crescimento. Às vezes pode levar a baixar auto-estima, à dificuldade de reconhecer as próprias capacidades e até à depressão. Na referida carta, o Pe. Ceolin escreve: “Muitos se enganam a meu respeito, vendo só as aparências e a periferia do meu ser. Se tenho bom humor e sou brincalhão, isso não traduz felicidade interna. Não raro, o humor não passa de uma compensação pela insatisfação interior e descontentamento comigo mesmo.”
Como podemos perceber, aqui não está ausente o risco que mencionamos. Mas podemos compreender estas palavras no contexto da apreensão de um jovem de trinta e seis anos, que está diante da grande responsabilidade de ser o primeiro Superior provincial brasileiro de um grande e diversificado grupo de religiosos, num tempo em que a crise se generalizava. Numa carta anterior (14.11.1965), na qual queria ajudar o Superior Geral a entender algumas tensões surgidas na Província, o Pe. Ceolin revela uma visão muito positiva, bem longe de um caráter depressivo. “Eu acredito muito nos padres de amanhã. Os seminaristas têm muito mais dinamismo e ideal que nós no passado. Eu tenho muita fé nos seminaristas. Eu quisera ter sido no passado o que eles são no dia de hoje...”
Quem toma consciência dos próprios limites e da essencial fragilidade humana, não se assusta com as sombras e a vulnerabilidade que o habitam, acaba descobrindo também que elas não são obstáculos para o encontro com Deus, para o amadurecimento humano. Ao contrário: são caminhos, se bem que não necessariamente fáceis, para realizá-los. A descoberta de que não somos nem puro espírito, nem espírito puro, abre as portas para uma experiência muito mais profunda e humanizadora: a experiência de que o Espírito de Deus foi derramado em nossos corações, invade todas as dobras do nosso ser e nos torna ser filhos/as amados/as de Deus, irmãs/os de Jesus, servidores do seu sonho e projeto de vida abundante para todos/as.
A extrema fragilidade (junho de 2013)
Alguns testemunhos
Efetivamente, a serena e profunda consciência da própria fragilidade e ambiguidade fez do Pe. Ceolin uma pessoa humilde e generosa, condições essenciais para ser um exímio formador e um competente acompanhante espiritual. Eu tive a graça de tê-lo como reitor e formador no primeiro ano de seminário (1980), como mestre no ano de noviciado (1983) e como diretor espiritual (2002-2004). Na verdade, a gente nem esperava dele muitas palavras, ou doutrinas profundas: a serenidade e a atenção da sua escuta já eram suficientes, mas vinham sempre coroadas com um dado da própria experiência e um conselho humilde e sábio.
Muitos lembram a sinceridade e transparência com que ele falava das crises pessoais recém terminadas e de como a graça de Deus agiu e ele mesmo colaborou, não sem heroísmo, para compreendê-las e superá-las. O ex-juniorista Antônio Dari Ramos escreveu que o dia em que o Ceolin foi ao noviciado, em 1996, para partilhar com os noviços suas crises e batalhas históricas foi o dia mais significativo de todo aquele ano de noviciado.
Clecimar Zaparolli, ex-juniorista, testemunha: "A vida me presenteou quando Pe. Ceolin foi meu amigo e formador. Foi colo de pai nas crises da juventude. Foi coração de mãe e sabedoria de vida às quais recorro até hoje quando preciso. O Pe. Ceolin foi tão humano que só pode ser sido Divino. Não queria que minhas filhas perdessem a oportunidade de conhecer esse homem, que é uma riqueza que a história produziu..."
Odailso Berté, ex-Irmão religioso, com quem o Ceolin teve enfrentamentos duríssimos, reconhece: Abençoado Pe. Ceolin: exigente, compassivo, impulsivo, doce, (pa) terno, profeta... Das pessoas que mais nos marcam, ele deixa impressos, na memória afetiva, traços peculiares. Homem bom, que soube amar e compreender de tantos jeitos... Imenso carinho e gratidão pelas tantas (trans) formações que este homem me possibilitou.
Esta amostra entre os muitos testemunhos que poderíamos recolher é pequena mas suficiente para ilustrar como a consciência em relação à própria fraqueza pode se transformar em força humanizadora, tanto naquele que a vive como naqueles que o cercam. O Pe. Ceolin demonstrou de forma clara e viva que, mesmo não eliminando tensões, desequilíbrios e agressividades, a consciência das próprias debilidades não leva necessariamente a uma vida amarga e desesperada, mas pode se transformar em oportunidade e força de crescimento, em capacidade de compreensão generosa, em pedagogia espiritual, enfim, em sinal e quociente de santidade.
Um humor que era mais que simples fachada...
Um belo e positivo balanço final
Na trajetória de vida do Pe. Ceolin, o sereno riacho da consciência da própria fragilidade e dos limites pessoais desembocou num caudal de águas que fertilizou as terras por onde passou. Sua proverbial humildade e mansidão descansava sobre o conhecimento profundo e crítico de si mesmo. Serenamente consciente das próprias ambivalências e debilidades, o Pe. Ceolin aprendeu a ser prudente e lento ao julgar os outros, e assim permaneceu por toda a vida. Ao mesmo tempo, levou-o a não se sentir superior ou melhor que os demais, e a não reinvindicar ou ostentar méritos pessoais. E despertou nele um oceânico sentimento de gratidão pelo bem que as pessoas lhe manifestavam.
É impossível aqui não lembrar de novo algumas das suas últimas palavras. À manifestação de carinho da Ir. Milagros, umas das religiosas que teve a graça de tê-lo como orientador espiritual, ele disse: “Menina, você me fez chorar... Eu não mereço tanto... Você exagerou...” A mim mesmo, depois de receber uma carta de agradecimento por tudo o que ele foi e fez por mim, pela Província e pelo povo, ele escrevia: “É demais!.. Não passo de um mortal como todo ser humano. O que fui e sou, devo-o unicamente ao bom Deus e a vocês confrades e a tantos amigos (as) que Ele colocou na minha vida!” (os destaques são dele). Não é divinamente humano receber as manifestações de carinho e gratidão como imerecidas, exageradas, ‘demais’?!
Mas os frutos maduros desse longo, sofrido e exigente processo de reconhecimento e aceitação da própria vulnerabilidade aparecem de forma inequívoca nas palavras que o Pe. Ceolin escreveu para serem sua voz nas próprias exéquias. Ele qualifica os longos e exigentes dez meses de tratamento de saúde e de convivência com coirmãos doentes e idosos na Casa dos Idosos como uma “fase tão rica, humana e espiritualmente, que o Deus da Vida me proporciona”. E diz ter feito, neste período nada fácil, “a experiência mais bela da vida”: a experiência de que “Deus é todo amor, é Pai deverasmente misericordioso, é pastor em busca da ovelha amada.” (os destaques são dele)
Por isso, a frase que ele ouviu da mãe no leito de morte e repetiu qual refrão que sintetiza sua experiência espiritual no momento derradeiro da sua rica e tribulada existência: “Como é bonito morrer sem ódio e sem rancor, cercado de amor!” E como ele sempre gostava de concretizar as coisas, assinalou claramente onde e como esse amor de Deus se manifestou: no amor dos familiares, parentes, amigos (as) de tantos lugares; no amor dos coirmãos de toda a Província; nos últimos tempos, na delicadeza e no amor dos coirmãos Passo Fundo e de Santo Ângelo; no amor serviçal dos funcionários (as) do Lar de Nazaré; no amor das “queridas irmãs Carmelitas”, do Pe. Jacinto e do Pe. Marcos, dos funcionários (as) da casa Paroquial e do povo da Paróquia Sagrada Família (as)...
“É na fraqueza que a força se realiza plenamente...”
Como entender esta afirmação paulina, ou aquela do salmista, segundo o qual ninguém se salva pelas próprias forças? A busca e o exercício destemperado do poder dá a sensação de elevar quem o detém, de nos transformar em super-homens, mas de fato acaba nos afastando das demais pessoas e esvaziando ou anulando nossa humanidade. Isso porque a busca desmedida e a experiência irrefletida do poder pressupõe e estimula a competição, se alimenta engolindo a liberdade e a dingidade dos outros.
Por sua vez, a consciência e a acolhida da própria fragilidade nos abre aos outros, nos ajuda a reconhecê-los como irmãos e irmãs, nos aproxima deles. Quem é capaz de assumir a fragilidade como dado e como princípio torna-se desejoso e capaz de aliança e de cooperação, e é isso que suscita e sustenta o processo de humanização. E então acabamos descobrindo e experimentando uma força, uma bondade e uma beleza que não conhecíamos, percebemos que tudo é graça e dom que não vem unicamente de nós mesmos. E é essa experiência de sermos envolvidos e invadidos por uma beleza e uma bondade inexplicáveis que nos leva a chorar com facilidade (como o Ceolin, no final da vida). A isso chamamos de epifania da salvação e resgate do humano. E daqui para o engajamento na construção de uma sociedade fraterna e solidária é apenas um passo.
Abrindo a nova sede provincial (Rua da Floresta 1043)
Termino  com mais uma citação do Pe. Ceolin. Ainda jovem, em 1965, depois de analisar uma difícil e tensa situação que existia na sua comunidade religiosa, ele escrevia estas palavras memoráveis: “Os homens competentes e dotados muitas vezes esquecem que são meros instrumentos de Deus, que não passam de ‘Apolos’ e que Deus é quem dá incremento (cf. 1Cor 3,1-9). Aqueles que se julgam mais e superiores aos outros, verão chegar a hora – e isso é certo – em que seu pedestal de barro começará a ruir. (...) Ao passo que os espezinhados, os perseguidos, os que suportaram com paciência e humildade, serão as pedras angulares que firmam o edifício de Deus.” Proféticas e sábias palavras... Assim seja, agora e sempre!

Itacir Brassiani msf

Um comentário:

Irmão Hugo Bruno Mombach disse...

Mt boa, padre Itacir, essa sua reflexão sobre a longa e bela experiência de vida do grande padre Ceolin! Ela serve de ajuda e orientação para todos que a lerem. E como nos lembra o papa Francisco, a humildade e a simplicidade são a base de toda vida crista e religiosa.
Parabéns por esse testemunho-depoimento sobre seu coirmão padre Rodolfo Ceolin!