(Lc 20,27-38) O Deus de Jesus Cristo é o Deus dos vivos, não dos mortos. Eu acredito
no Deus dos vivos? E eu, como vivo? Creio no Deus dos vivos somente se minha fé
é busca, e não um hábito cansado e resignado; se é um doloroso e inquieto
desejo, e não um pesado dever; se é horizonte e oração, não rito e superstição.
O Deus em quem acredito é vivo se me deixo encontrar por ele, como Zaqueu , se
me deixo converter por ele, como Paulo, que nos diz que depois do encontro com
Cristo nada mais é como antes. Creio no Deus vivo se acolho sua Palavra viva,
que me desafia, me interroga, me oferece respostas. Creio no Deus vivo se
escuto aqueles/as que falam dele, aqueles/as que por ele amam. Um monte de
gente acredita no Deus dos vivos e trabalha e sofre para que todos tenham vida,
quem quer que sejam, onde quer que estejam. Nuvens de testemunhas estão atrás
de nós e à nossa frente. Estou vivo se aprendi a caminhar dentro dessa nuvem,
se não me deixo enganar pelas sereias que me prometem a felicidade se possuo,
se apareço, se produzo, se ganho, se seduzo. Vivo se sei perdoar, se me
disponho a procurar, se compreendi que esta vida é uma maquiagem que deve ser
removida, um “mais” escondido nas rugas da história, da minha história. (Paolo Curtaz, Parola
& Preghiera, novembro/2013, p. 70)
Nenhum comentário:
Postar um comentário