(Jo 1,1-18) Último dia do ano...
Hoje, dominados pela ansiedade de preparar a ceia de revelion e pela urgência
do rito simpaticamente pagão da passagem de ano, do adeus ao ano que termina e das
boas vindas ao ano novo, poucos pensam na oração... Quase todos esperamos,
ilusioriamente, que o ano que se inicia seja diferente, que marque uma
virada... Esperamos que seja assim, mas, como nos recorda a liturgia, isso não
é o essencial. A visão cósmica de João, que lemos no evangelho de hoje, o
resumo de tudo que ele escreve já no fim da vida e coloca no início do seu
explêndido evangelho, nos oferecem a perspectiva adequada. O tempo é o lugar
onde se realiza a salvação, o lugar que Deus nos oferece para que nos
conheçamos a nós mesmos e reconheçamos sua presença, para que entendamos o que
devemos fazer nesta terra. Hoje somos convidados a fazer uma memória do ano que
termina, ano difícil ou complexo, fim de uma etapa e novo início para a Igreja,
que somos convidados a reler e interpretar à luz da fé. Assim, podemos recitar
o “glória” que encontramos no Salmo e cantar o “te Deum”, o reconhecimento de
que Deus é o Senhor da história e dizer-lhe, se quiser, pode ser também senhor
da nossa, da minha pequena história. História que Deus enche de luz. Obrigado
pelo tempo que nos deste, Senhor. E por aquele que nos ainda darás. (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 210)
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