sábado, 15 de março de 2014

Lembrando o Pe. Lourival Bergmann msf

Amanhã, dia 16 de março, completaremos cinco anos sem a presença física do nosso amigo e coirmão Lourival. Nem parece, pois dele a gente não esquece, e parece que daqui a pouco ele chega, prepara uma feijoada, assa uma carne, faz uma rosca, prepara um chimarrão ou abre uma geladinha... Tudo para que a conversa corra solta e a vida seja mais vida. Faço minha homenagem a esse amigo do peito reproduzindo aqui as últimas palavras que escrevi a ele, seis dias antes do falecimento. Deus seja louvado pela (breve e intensa) vida do Lori!

Estimado Lourival, amigo e irmão!
Hoje de manhã recebi um breve e-mail do Donato informando dos seus problemas de saúde e da sua hospitalização. Ele também escreveu que você está consciente da gravidade da situação e continua sereno.
Você sabe que em situações como essa nos faltam as palavras, e mesmo que as tenhamos elas não servem para nada. Mas quero que as palavras me ajudem a dizer que acompanho você de perto nesse momento difícil. Você pode contar com minha prece e minha estima.
Gostaria de que você pudesse enfrentar as terapias que forem necessárias com serenidade e confiança. Há mais de 30 anos você entregou sua vida a Deus. Renova essa oferta nesse momento crucial, mas agora ajuntando tudo o que você fez de bom nessa longa caminhada.
Queria lhe dizer ainda que você é um dos melhores coirmãos que eu conheço. Apesar das nossas diferenças, ou talvez por causa delas, eu gosto muito de você. Foi muito bom compartilhar a vida com você em Santo Ângelo e em Passo Fundo. Obrigado pelo bom companheiro que você é e pelo seu jeito de tornar a vida mais gostosa. Poucas pessoas têm esse precioso dom.
Caro Lourival: no silêncio pesado da UTI, nessas horas que não passam, na espera da bênção da recuperação ou na preparação para o encontro definitivo, reze com o Salmo 23: “O Senhor é meu pastor. Nada me falta. Ele me guia por bons caminhos por causa do seu nome. Embora eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei, pois junto de mim estás; teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo. Felicidade e amor me acompanham todos os dias da minha vida. Minha morada é a casa de Javé por dias sem fim.”
Segura na mão de Deus e segue adiante. Você não está sozinho. Muitos estamos com você, embora não possamos estar ali.
Com estima e gratidão por tudo!
Ita
Roma, 10 de março de 2009.

(Veja que escrevi em azul, recordando seu timão!)

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