quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Formadores MSF em Roma

Encontro dos Formadores dos Missionários da Sagrada Família
Nosso Governo Geral convocou os formadores de todas as Províncias para um encontro de estudos, em Roma. Por isso, aqui estamos, 26 participantes, entre formadores e Governo Geral: 2 de Kalimantan; 3 de Java; 3 de Madagascar; 3 da Polônia; 2 do Chile; 1 da Argentina; 1 do Brasil Oriental; 4 do Brasil Meridional; 2 do Brasil Setentrional; 5 do Governo Geral.
O Encontro está sendo realizado numa casa de encontros, nas proximidades do aeroporto de Roma, e começou na terça-feira, com uma apresentação da realidade da formação nas diversas Províncias (não estou bem informado do que aconteceu, pois só cheguei na quarta de manhã).
O segundo dia esteve sob a responsabilidade do professor Paulo Carbonari (Passo Fundo,
RS), a quem foi pedido que ajudasse o grupo discorrendo sobre como ajudar os formandos e coirmãos a assumirem um processo de permanente crescimento e amadurecimento humano. Depois de algumas considerações introdutórias, o professor Carbonari propôs uma breve análise do atual contexto pedagógico e cultural. Em seguida, apresentou alguns elementos antropológicos de base para a arte da formação: itinerância e busca, abertura e incompletude, liberdade e sujeito, humanização e desumanização.

Depois, propôs alguns elementos pedagógicos e metodológicos, nucleados em torno dos conceitos de experiência, responsabilidade, diálogo e amor. Finalmente, provocou-nos a desenhar o perfil do missionário que desejamos formar.

Na manhã do terceiro dia (hoje), com a ajuda do Pe. Antonio Marga Murwanta msf (da Província de Java), refletimos sobre o processo de amadurecimento religioso. Depois de nos apresentar alguns textos motivadores do magistério da Igreja, propôs alguns sinais daquilo que seria a maturidade religiosa de uma pessoa: a responsabilidade pela própria vocação; a abertura à transcendência; a capacidade de mudar; a coragem de entrar na interioridade e acolher o mistério; a capacidade de se comunicar com abertura e de modo personalizado; a capacidade de tomar decisões em relação à própria vocação; a disponibilidade à missão do Instituto; a alegria interior e a liberdade efetiva. Finalmente, antes de propor um trabalho em grupos, indicou algumas práticas que podem ajudar os formadores no acompanhamento dos formandos para a maturidade afetiva: a presença efetiva e qualificada junto aos formandos; o exemplo e o testemunho pessoal; a atitude de serviço; o relacionamento baseado na confiança recíproca; a coragem de divergir e corrigir; o diálogo frequente e personalizado formador-formando; a inserção na vida pastoral da Igreja.

Na parte da tarde, fizemos uma visita a um interessante sítio arqueológico, aqui mesmo, nas proximidades de Roma. Trata-se de da Necropoli della Banditaccia, no município de Cerveteri: uma grande área usada como cemitério pelo povo etrusco, nove séculos antes de Cristo. É impressionante o conjunto de mausoléus escavados em rocha vulcânica, acima e abaixo do nível da terra, alguns deles muito bem conservados, apesar dos mais de 2.800 anos.  Encerramos o passeio com uma gostosa e animada janta, num pequeno e típico restaurante, ainda na região.
Encontros como este têm sua importância, especialmente para que os formadores, numa congregação como a nossa, alarguem sua visão, superando uma mentalidade demasiadamente provinciana. Ademais, experimentamos na própria pele o valor e a exigência das diferenças culturais, que são riqueza e dificuldade, assim como a necessidade de que dominar uma língua estrangeira que possibilite a comunicação entre as diversas Províncias e regiões.

Itacir Brassiani msf

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