quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A Boa noticia, dia-a-dia: 2, quarta

Belém é, literalmente, a casa do pão. E o pão de cada dia é para nós expressão do alimento básico que possibilita e mantém a vida. A Palavra de Deus hoje nos lembra que, no desejo de Deus, não está apenas o acesso ao alimento mínimo ao seu povo, mas “um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos”. No horizonte do sonho de Deus não estão apenas indivíduos isolados que recebem uma cesta básica, mas um povo vivo e articulado, livre das teias que aprisionam, sem as lágrimas de injustiçados e esquecidos. Jesus de Nazaré é o lugar onde isso acontece. Na montanha, ele ocupa o espaço do templo, incapaz de realizar este desejo de Deus. Jesus é a porta do céu da abundância, e os coxos, os aleijados, os cegos, os mudos e os doentes são os protagonistas que ocupam o lugar dos sacerdotes e mestres da lei. Em Jesus, a compaixão de Deus se faz patente e potente, e a vida vem de roldão, para todos, começando pelos últimos. Mas, tudo começa com o envolvimento ativo e compassivo daqueles que foram seduzidos por ele, e com sua interpelação, ademais muito clara: “Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tamnha multidão?...” “Quantos pães tendes?” Caminhemos, juntos, à casa do pão, onde Deus se faz alimento. E enquanto caminhamos, inventariemos os pães que levamos nas sacolas, ofereçamo-los a Jesus para que chegue a todos, e cantemos: “Vem, Senhor Jesus! O mundo precisa de ti!” Ou, noutra versão: “Pão em todas as mesas!... E a festa haverá, e o povo a cantar: Aleluia!”

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