quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A Boa noticia, dia-a-dia: 31, quinta-feira

Chega ao fim o conturbado ano de 2015. Sim, agitado e conturbado, aqui no Brasil e alhures, e não apenas pelo atentado que feriu Paris e o orgulho ocidental. Acabo de receber um diapositivo conclamando a uma guerra – a terceira guerra mundial, diz ecplicitamente! – contra o islamismo e em defesa da França e da Europa. Um PPS eivado de ódio, xenofobia, medo e complexo de superioridade! Sim, estas insanidades circulam nas redes sociais e há quem nos convoque a estas cruzadas... Que ano, heim! E o próximo, quem nos assegura que será diferente, melhor? Haja maratona para garantir ao menos alguns lampejos de lucidez e compaixão neste velho mundo que, contraditoriamente, pede um ano novo!... A liturgia católica afirma hoje peremptoriamente que Deus estabeleceu a encarnação do seu Filho como princípio e plenitude de toda a religião... Sim, é preciso fazer com que as palavras, inclusive religiosas e teológicas, que frequentemente não conseguem romper os limites das idéias, desejos e interesses perigosamente egoístas e distantes do mundo dos viventes assumam a humana carne, entrem na difícil e complexa trama das relações humanas. Que as palavras e projetos políticos e sociais ousem armar tendas ou barracas na provisoriedade da existência e da história, evitando a tentação de enclausurarem-ãse em templos e palácios, mais sólidos mas também mais pesados e inamovíveis. É na aparente provisoriedade da compaixão e na fragilidade dos princípios que se fazem carne e concretude que contemplamos a glória de Deus, cheia de graça e verdade, promessa que ilumina a inteira e única humanidade. Quando embarcamos na compaixão viva e na vulnerabilidade da carne, também conhecemos e acolhemos a luz da verdade e começamos a percorrer, devagar mas firmemente, o caminho da convivência plural e solidária, única via que abraça a possibilidade de futuro, de um mundo e um ano verdadeiramente novos!... (Itacir Brassiani msf

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