domingo, 3 de janeiro de 2016

A Boa noticia, dia-a-dia: 3, domingo

Ainda circulam, indo e vindo Brasil afora, caravanas de gente que vai ou volta de visitas aos seus familiares e conhecidos. O Natal de Jesus e a festa do Ano Novo sugerem e possibilitam estas visitas, nas quais se manifestam de modo claro e exigente os laços de sangue e de aliança que nos unem. Mas hoje contemplamos também, e de modo muito especial, a visita de três personagens muito particulares a Jesus, ainda “acomodado” na estrebaria e deitado na coxeira onde os animais se alimentam. Guiados por um sinal cósmico, eles chegam a Jerusalém e, lúcidos em sua fé heterodoxa, percebem que a cidade capital não se abre para acolher a Boa Novidade que está chegando. E então, tomam o rumo de Belém, logo adiante, onde um bebê envolto em panos simples se lhes oferece como sacramento de novos tempos e novas lideranças. Então, busca e a apreensão cedem lugar à alegria, e eles abrem suas sacolas de viagem e delas tiram o que lhes parece mais precioso: o ouro, com o qual reconhecem a realeza daquele Menino; o incenso, com o qual proclamam a divindade daquele pequeno Humano; a mirra, mediante a qual expressam sua compaixão, sua capacidade de sofrer solidariamente. Os presentes desta trinca de estrangeiros é uma resposta ao presente que a Humanidade inteira, sem distinções de primeiro ou terceiro mundo, de nações e ou religiões, de G7 e G20, recebe de Deus. A eles não importa se, diante deste presente e novidade, a capital e seu chefe tremem de medo. Eles sabem abrir e seguir caminhos novos. Por isso, a festa da manifestação do filho de Deus aos povos nos convida, como nação e como cristãos, a abrir as portas àqueles que nos chegam de outros lugares, de outros países, de diferentes religiões. É assim que a luz brilhará em nossa escuridão, que a aurora vencerá as densas noites, que ficaremos radiantes de alegria e confiança. Não somos nem reis nem magos, mas sejamos buscadores de Deus e generosos acolhedores da sua visita encarnada naqueles que batem à nossa porta, trazendo talvez apenas mãos abertas e olhares suplicantes, já nada têm ou tudo lhes tenha sido tirado... (Itacir Brassiani msf

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