Os
desafios da Pastoral das Famílias
Na
sequência do último dia do nosso Curso, o Ir. Hector Pinto msf, missionário chileno
radicado na Bolívia, nos guiou na reflexão sobre os desafios atuais à Pastoral Familiar.
E o fez partindo da caminhada pastoral que vem fazendo na Bolívia e das orientações
emanadas do Sínodo dos Bispos sobre a Família e da exortação pós sinodal do
Papa Francisco.
Os
Bispos da América Latina nos convidam a descobrir a identidade e a missão da
Pastoral
Familiar. A família está no coração dos povos latino-americanos, é um
valor apreciado pelas nossas culturas, e a Pastoral Familiar deveria ser um
eixo transversal de todo o apostolado da Igreja.
Segundo
o Ir. Hector, o relatório do Sínodo das Famílias de 2014 reconheceu claramente
a necessidade de redimensionar a Pastoral Familiar: escutando o contexto
sociocultural no qual as famílias vivem hoje em dia; discutindo as perspectivas
pastorais a partir da fé católica; oferecendo perspectivas pastorais que
respondam aos desafios da realidade das famílias.
Por
sua vez, o Sínodo de 2015 pretendeu escutar os desafios às famílias, discernir
a vocação familiar e apresentar a missão da família hoje. Na exortação Amoris Laetitia, o Papa Francisco acolhe
e apresenta pessoalmente os resultados deste Sínodo. Para o Papa Francisco, a
Pastoral Familiar deve priorizar a memória da vocação ao amor, que é
fundacional nas famílias cristas. E isso sem passar ao largo das diversas situações
familiares especiais.
Famílias
que fazem do matrimonio uma experimentação
(por razões financeiras, desemprego, falta de moradia, medo do compromisso
durável). Pensam alguns colocar o matrimonio à prova, antes de decidir por ele.
Constata-se uma escassa formação sobre o que seja o matrimonio. Propostas:
Oferecer aos jovens e adolescentes formação sobre a beleza do matrimonio.
Uniões
livres ou de fato (casais e famílias que não buscam
nenhuma forma de registro), por causa da falta de atenção dos Estados, de uma
boa política em favor das famílias, dos limites de quem vive em situação de
imigração. Uma falsa ideia de liberdade considera o matrimonio como um risco de
perde-la e o menosprezo por um amor que dure toda a vida.
Separados,
divorciados e recasados: Este é um fenômeno em
crescimento, e casa-se cada vez menos. Os mais afetados são os filhos, que são
uma categoria de novos pobres. Os pais divorciados precisam do apoio da Igreja
na tarefa de acolher e sustentar seus filhos.
Mães
solteiras: Em geral, são o resultado de histórias
de muito sofrimento, e a valentia dessas mães merece ser valorizada e apoiada
pela Igreja. Elas tem o direito de
encontrar na comunidade eclesial uma verdadeira família.
Situações
de irregularidade canônica: Recasados,
por indiferença ou falta de consciência do que isso significa. Para muitos, a
Igreja e sua doutrina matrimonial não são mais uma referência que merece
credito. Cresce o número de pessoas que consideram com despreocupação essa
situação. Mas algumas pessoas percebem claramente este problema e desejam dar
passos, e essa é uma boa oportunidade para tomar iniciativas.
Itacir
Brassiani msf
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