quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Advento em poesia

Pai – Nosso,
dos nossos,
Perdoa quando ferimos
os nossos,
quebrando os ossos
da alma ou do corpo,
deixando em pedaços,
tudo ao nosso gosto.
Pai Nosso,
Deus nosso,
Deus teu,
Deus meu,
Pai Nosso.
Pai -Nosso da vida,
da nossa comida,
do nosso alento,
da poesia nossa de cada dia:
dai-nos um sorriso do tamanho do vento,
para que nas dores possamos lembrar o
quanto és imenso.
Pai- Nosso
dos corpos esquecidos
nas valas lançados pelos poderes opressivos:
fazei brotar de nossas bocas
cantos de louvores
e enchei de incenso as nossas roupas,
para perfumarmos a existência do que está sem vida ,
fazendo do nosso próprio corpo comida.
Pai-Nosso,
que chegas
naquele que almeja
um sabor de semente
em terras secas.
Pai –Nosso:
qual chuva,
faz raiar em nossa lida,
queimada pelo sol ardente,
a primavera que prometestes
para os filhos da justiça ausente.
Pai-Nosso...

Paulo Henrique

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